A angústia mora perto da paixão. Existe sempre aquele receio de repentinamente não ter mais o seu sentimento correspondido. Esse receio, em algumas horas, transforma-se em angústia. A angústia de perder, de não ter mais. O desejo da eternidade (e sempre há esse desejo nos apaixonados) se entrelaça com o medo da finitude. Porém, é necessário que esse último não tome conta de você... não se sobreponha ao primeiro. Pois se acontece é porque ou você já perdeu o amor e ainda não percebeu, ou você vai acabar o matando.
Maria Luiza sabia demais do amor. Já tinha o sentido em todas as suas formas, em todas as suas intensidades. Ainda assim, por vezes, sentia que pouco sabia, e de quase nada tinha valido alguma experiência anterior. Sentia que tinha ainda muito por aprender... e que muito estava por vir...