quinta-feira, 30 de julho de 2009

A alegria descontente




Encontrou o Eduardo no Shopping. Encontrou, não. Viu de longe. E no fundo sua alegria a incomodava. Observou a garota que estava com os lábios em sua boca. Olhou detalhadamente cada gesto dela, assim como toda mulher gosta de fazer mesmo. E se lembrou de que um dia era ela que o beijava, era ela que o deixava feliz. Não soube concluir o que exatamente havia mudado, o que havia colaborado para o fim de seu romance com Eduardo. Talvez até porque essa resposta não fosse simples. Tudo havia mudado, e não só uma coisa. Sentiu-se um pouco frustrada. Pois durante um bom tempo tentou resgatar aquele amor do início. Durante muito tempo teve paciência e tentou relevar algumas coisas. Foi inevitável a sensação de incompetência. Sentiu raiva também, pois mais uma vez pensou que ela sempre havia feito muito mais pelo relacionamento do que ele. Agora percebia que estava realmente tudo perdido. Era realmente o fim de tudo. Não que tivesse alguma esperança antes. Mas agora era tudo mais real. E ele estava feliz. Ele estava muito feliz longe dela. Maria Luiza nem sabia mais o que sentir.

2 comentários:

  1. faz tempo q não comento seu blog, ando meio desligada, sentindo mais ou menos algo q está nesse texto...

    Gosto mto do seu jeito de escrever, assim em 3ª pessoa algo q aparentemente sente em 1ª...

    Obg pelos comentários no meu blog.
    Bjs!

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  2. Aii, senti as palavras todinhas que descreveste, lendo o seu post. Acho que todos já sentiram isso, essa sensação da perda, de constatar alegrias que eram tuas.
    Essa fase é uma droga. Passa devagar né?
    Mas passa, ufa!
    ;*

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