Maria Luiza. Uma personagem fictícia do meu blog, já apareceu aqui antes. Ama sempre intensamente. Isso é bom? Sim e não. Quando está feliz, se sente a pessoa mais feliz do mundo. Quando está triste, parece que seu mundo vai acabar. Na história do conto, Maria Luiza estava na sua época de tristeza. E sofria com aquele amor... ou melhor, com a falta dele...
Virou para o outro lado. Ainda sentia algo preso na garganta. Tentava respirar fundo para que tudo isso passasse e dormisse logo. Tentava fingir que não tinha vontade de chorar. Fingiu isso por uns 40 minutos. Até que não agüentou mais, colocou o travesseiro contra o rosto e deixou as lágrimas saírem. Lágrimas que escorriam sem parar. Como se estivessem ali presas e de repente se libertassem. Eram muitas. Sentia sua falta. Mas não queria sentir. Queria poder ligar e dizer o quanto queria ele ali presente; o quanto queria o seu beijo. Mas não podia. E as lágrimas não paravam. Vez ou outra desencostava um pouco do travesseiro, para poder respirar um pouco. Sentia uma raiva por ainda sentir o que sentia. E ao mesmo tempo uma satisfação por ninguém vê-la ali naquele estado, daquele jeito. Não gostava desses momentos de fragilidade. Momentos negros da alma. Aos poucos o nó da garganta foi passando... e as lágrimas saiam com menos freqüência. Já podia respirar melhor. Adormeceu abraçando o travesseiro com bastante força.
terça-feira, 6 de julho de 2010
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