Simplesmente chegou-se o fim
Nenhuma lágrima derramada
Até a tristeza já estava cansada...
Apenas um porta-retrato vazio
A encarava por cima do seu colchão frio
Na cabeça, lembranças de um amor ingrato
Nos lábios, o vácuo do que já foi desejado
Nos ouvidos, o lamento de notas musicais
Na pele, a sensação vazia de um toque que já nem existe mais
Até a tristeza já estava cansada...
Apenas um porta-retrato vazio
A encarava por cima do seu colchão frio
Na cabeça, lembranças de um amor ingrato
Nos lábios, o vácuo do que já foi desejado
Nos ouvidos, o lamento de notas musicais
Na pele, a sensação vazia de um toque que já nem existe mais
Mas já tinha o seu veredicto
E toda a sua certeza soava como um hino:
Assassino, assassino...
E toda a sua certeza soava como um hino:
Assassino, assassino...
Maria Luiza já sabia o que queria e o que não queria. Mas
nem por isso deixava de sentir. Não por ainda querer desesperadamente. Pelo
contrário. Desesperadamente não queria mais. Matar o amor: um crime sem perdão
e inafiançável (talvez pudesse até ser considerado um crime hediondo...) E
tinham matado o seu. Sentimentos hostis eram inevitáveis. Tudo que acaba é
triste... era apenas por isso que sentia tanto.