Simplesmente chegou-se o fim
Nenhuma lágrima derramada
Até a tristeza já estava cansada...
Apenas um porta-retrato vazio
A encarava por cima do seu colchão frio
Na cabeça, lembranças de um amor ingrato
Nos lábios, o vácuo do que já foi desejado
Nos ouvidos, o lamento de notas musicais
Na pele, a sensação vazia de um toque que já nem existe mais
Até a tristeza já estava cansada...
Apenas um porta-retrato vazio
A encarava por cima do seu colchão frio
Na cabeça, lembranças de um amor ingrato
Nos lábios, o vácuo do que já foi desejado
Nos ouvidos, o lamento de notas musicais
Na pele, a sensação vazia de um toque que já nem existe mais
Mas já tinha o seu veredicto
E toda a sua certeza soava como um hino:
Assassino, assassino...
E toda a sua certeza soava como um hino:
Assassino, assassino...
Maria Luiza já sabia o que queria e o que não queria. Mas
nem por isso deixava de sentir. Não por ainda querer desesperadamente. Pelo
contrário. Desesperadamente não queria mais. Matar o amor: um crime sem perdão
e inafiançável (talvez pudesse até ser considerado um crime hediondo...) E
tinham matado o seu. Sentimentos hostis eram inevitáveis. Tudo que acaba é
triste... era apenas por isso que sentia tanto.
Tudo que acaba é triste...bem sei eu Maria Luiza, mas às vezes existe a necessidade do fim, algo que não tem mais remédio, e, até para salvar-mos nossas vidas,ou o que restou dela, ou, as sobras...que podemos utilizar como fermento, e fazer um pão novo, ou apenas forças para seguir-mos, encontrar outro caminho, outro destino...
ResponderExcluirQuerida Bela, de tirar o fôlego este belo poema. Sabe quando alguém diz alguma coisa e sentimos dentro da gente, assim este poema me traduzui neste momento, pois acabou-se uma grande paixão de minha vida, rsrsrs, embora fosse algo quase platônico, mas que me atormentava, toda vez que colocava a cabeça no travesseiro, ou ouvia certas músicas, ou quando acordava...mas eu precisava acabar com isso, e um dia acordei, e segui,passaram-se alguns dias, então percebi que havia cometido um assassinato naquela noite, e que estava livre, porque fora por legítima defesa, a defesa dos meus sentimentos, da minha vida. Confesso agora, que ao me descobrir não amando mais, fiquei com medo de deixar de ser eu, mas não, o amor, este que todos temos, continua, só que agora livre, para canalizar em um novo amor, pela vida, pelo sol, pela chuva, por minha saúde mental e espiritual.
Obrigado bela poeta, obrigado Bela por colocar Maria Luiza na minha vida.
ps. Meu sempre imenso abraço, agora livre, livre...
Linda e intensa demais a tua dor. gosto imenso do que escreves...
ResponderExcluir