terça-feira, 2 de abril de 2013


Quando chega o fim,
há que se conseguir separar
o riso do desprezo.




Olho para trás e não me reconheço:
diante do que fui, emudeço;
do que sou, transpareço.

A gente foi um erro,
e fechei aquele soneto
com uma dose de cianureto.

Hoje eu sou mais rima,
reflexo da alegria,
onde manifesto poesia.

Nunca foi amor, Maria Luiza. Mas para conseguir acertar é preciso errar alguma vez; para sentir-se feliz, é preciso passar pela tristeza também. A vida é feita de comparações e opostos. A certeza precisa deles.

3 comentários:

  1. Querida Bela, sempre muito bom chegar aqui e encontrar tuas palavras, ter com Maria Luiza...ainda hoje quando acordei intrigado comigo mesmo, pois há muito, achava que tinha superado um amor passado (e superei), mas deu uma dorzinha perdida bem lá no fundo, será que suportarei a vida que segue, tipo, meu ex-amor amando outros...mas daí lembrei deste post que li ontem, e tou aqui. A entrada é linda e cruelmente difícil, 'separar o riso do desprezo'. Interessante demais, pois passei um bom tempo, após o fim (digo, eu terminei com algo que só eu tinha, amor de uma via só, sem retorno), teu poema lindamente quase que dá o roteiro do meu renascimento, embora não esteja apaixonado e dificilmente ocorrerá tão cedo.
    Maria Luiza, sábias palavras, agora no estado em que me encontro, após superações, esquecimentos, mágoas e dores, consigo ainda não saber das comparações e opostos, mas é inevitável, como dizes, para ser feliz é preciso passar pela tristeza, pois só assim aprendemos de verdade a valorizar o amor, a vida, o próximo...
    ps. Meu carinho meu respeito meu abraço.
    ps.2 Sempre muito feliz e agradecido por tuas visitas la no bloguinho.

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  2. Estas mais interessante hoje!

    Ah, Maria Luiza, que bom que você voltou!

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